12.06.2008

Uma ajudinha para acabar com a miséria


Foi a minha contribuição...

É a possível, mas pode ajudar a fazer a diferença.

Cultura e conhecimento são a mãe e o pai da liberdade e da justiça.



http://wikimediafoundation.org/wiki/Special:ContributionHistory?offset=1228567948#167886

10.17.2008

Acerca da formação de professores para a utilização do Magalhães


Ricardo Castel-Branco
17-10-2008


Gostaria somente de fazer um pedido a todos os que presentes, ausentes, concordantes e discordantes, nas, e com as acções de formação relativamente ao Magalhães…
Ajudem as nossas crianças a pensarem pela sua cabeça. Exijam delas a sua opinião.
Como professores, mais do cantigas, líricas ou outras, ensinem às crianças a importância de se manifestarem e de participarem nas decisões que os afectam.
O futuro depende disso, e as próximas gerações vão decerto ficar-vos gratos.
O Magalhães e outros artefactos são “fait-divers” quando a qualidade do professor é uma realidade.
A minha professora usava o quadro de giz, e conseguiu imprimir na grande maioria da turma, uma vontade de aprender e um espiríto “crítico” que nos levou sempre mais à frente, e que nenhum Magalhães pode substituir.
Acima de tudo garanto-vos uma coisa…
…Coloquem um ser pensante em frente de uma máquina que passado algum tempo ela não terá segredos para ele.
…Coloquem uma máquina à frente de quem não sabe pensar, que passado algum tempo o próprio se transformará numa máquina.

Nota de roda-pé: Um pequeno esclarecimento de não somenos importância… Magalhães, ou melhor, Fernão de magalhães não tem qualquer relação com “Adamastores” nem com o cabo Bojador (África).
Fernão de Magalhães foi o impulsionador da primeira viagem de circum-navegação (qua aliás foi financiada pela coroa Espanhola após a recusa de D. Manuel), que atravessando o Atlântico e seguindo para Sul ao largo da costa do Brasil, Argentina e Chile, atravessou o chamado “Estreito de Magalhães” para o pacífico, evitando assim a passagem pela “Terra do Fogo” e a obrigatoriedade de dobrar o sempre tempestuoso “Cabo Horn”.
Após diversas dificuldades. Magalhães veio a falecer vítima de envenenamento por “curare”, provocado por uma seta envenenada durante o desembarque nas Filipinas.
Foi o seu imediato na expedição, Sebastián D’Elcano que terminou a viagem.
O mais interessante… é que tudo isto foi feito sem computadores!!!!

Bem hajam os aventureiros e pensadores livres

http://paulocarvalhotecnologias.wordpress.com/2008/09/29/deformacao-%c2%abmagalhaes%c2%bb/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fern%C3%A3o_de_Magalh%C3%A3es

href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_horn

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Magellan%27s_voyage_PT.svg

9.23.2008

O Light, o Brent... e a dor no dente.

De O Democrata Pré-histórico

Se há coisa que todos sabemos, é que a verdadeira liberdade começa na independência e na autonomia. Não basta dizer que somos livres, temos que ser livres, e ser livre implica ter a possibilidade de optar.
Em crianças aprendemos essa lição, e ansiamos por isso, com um aperto no peito, pela idade adulta, perspectivando os dias da autorecriação, ideia que se esfuma aos primeiros embates com a falta de autonomia.
É quando a vontade de ir ou de fazer, esbarra na impossibilidade financeira de lá chegar ou mesmo de partir.
Estranhamente, esta lição que nos impele para o estudo, para o esforço de atingir a autonomia, e nos empurra para o mercado de trabalho, cedo é esquecida, e vítimas do fenómeno mercantilista liberal, caímos no consumo e na ilusão de uma vida livre. Rapidamente damos por nós agrilhoados por créditos, despesas fixas, obrigações fiscais e o diabo a quatro.
Infelizmente para nós Portugueses, a nossa criancice começou em 1143 e acabou em 1500, quando alcançada a tão desejada autonomia, a corte se pôs a contrair a doença do consumo e da pompa e circunstância.
Não fora o esporádico episódio delirante de 40 anos de Estado Novo, e teríamos assistido a uma história semelhante à de qualquer família endividada até ao pescoço.
Nos dias que correm, tudo voltou ao normal...
Os portugueses não têm dinheiro, mas os grupos empresariais estão cheios dele, parasitando impunemente sobre o esforço daqueles que tão somente desejam uma vida simples e em liberdade. Os sucessivos Governos, tal como uma avestruz armada em rinoceronte, de vez em quando tiram a cabeça da areia, investindo contra qualquer objectivo que pareça que conferir modernidade.
A agravar a enfermidade, a actual crise da finança veio "furar" o balão de ar que o liberalismo selvático criou, debaixo da barbas de todos os Governos e cidadãos.

Quem está a salvo?

À primeira vista, quem não depende de petróleo nem de dinheiro, safa-se. A não ser claro está, que seja atingido por alguma catástrofe!

Uma coisa é certa. Quem tiver um mínimo de sensibilidade política, apercebe-se que tudo isto é pior que "Fado", porque o fado é obra propositada, e o "Fado" que nos consome é obra do acaso que nos tem governado.

A Política de Ordenamento do Território nunca foi levada a sério, preparando o país para a lenta desertificação do interior e a fragilidade às alterações geofísicas (cheias, incêndios, secas, etc...). Acordámos tarde para a nossa insuficiência energética, que nos obriga a comprar a energia ao exterior aos preços que o mercado impõe, e ainda assim damos alguns passos tímidos nas energias eólica e solar, mercê dos "empurrões" de alguns empresários estrangeiros, que vêem no nosso país o potencial que nós não vemos.

Em 1998 Portugal gastou uma verba impar até então a organizar a Expo'98. Neste certame fazia-se apelo ao potencial energético dos oceanos, quer a nível de aproveitamento das ondas quer das correntes e das marés.

No entanto, comportamo-nos qual enfermo com dor no dente a adiar a inevitável ida ao dentista. Não sei já se é porque não temos dinheiro para a consulta, ou se por habituação à dor, mas a inacção continua, e quando se prevê gastar €5.000.000.000,00 no TGV (cinco mil milhões de Euros - 1000 milhões de contos em Português arcaico), eu fico a pensar onde é que vamos arranjar electricidade para pôr o TGV a andar.

Vamos decerto importá-la, e continuar a viver ao sabor do vento.

A navegar assim, as descobertas tinham acabado "encalhadas" na Berlenga, ou coisa que o valha.

Se não se der rumo à política de desenvolvimento estratégico deste país, vamos acabar "encalhados" na próxima escalada do petróleo, ou numa qualquer "flatulência" do Dólar e do mercado.


Não sendo tudo verdade, vale a pena ler o artigo.


8.11.2008

Sedentos de Sangue - Comentário In Expresso

Sedentos de Sangue Se não fosse por uma questão de educação, depois de ler todos os comentários eu diria: - PORRA!!!! Os Portugueses estão sedentos de sangue. É incrível o que a ignorância faz às pessoas. As mesmas pessoas que afirmam coisas como... "Morte a todos!!"... e quejandos, são quase seguramente as mesmas que exclamariam admiração se por acaso estes tipos em vez de assaltantes fossem especialistas em fugas ao fisco e lhes ensinassem a fazer o mesmo. Ou até aplaudiriam caso estes assaltantes conseguissem fugir com um saque de milhões (o que nunca seria possível neste caso). Caramba!!... Chegámos ao Farwest?? Esta gente reage com uma naturalidade a uma coisa desta violência que me deixa perplexo. Estes dois "rapazes", que é o que são, tinham menos de 30 anos, e a vida toda pela frente. Não posso deixar de condenar o assalto, a sua decisão de tomar os reféns, e mais ainda, a estupidez de não se entregarem à polícia. Só poderia vir a ter um desfecho deste tipo. Mas daí até achar que tudo está bem quando acaba bem. Não acabou nada bem. Bem teria sido eles serem inteligentes e entregarem-se à polícia. Eu não desejo um estado policial com tropas de choque a entrar pelos bairros a toda a hora como no Brasil. A mim o que mais me preocupa, é perceber que a nossa sociedade está a ficar mais egoísta, menos solidária, menos sensível e mais violenta. Tenho duas filhas pequenas e não olho para nada disto com bons olhos. Gostava de ver algum dia alguém das classes dirigentes a apontar a pobreza e a ignorância na génese da violência. Mas enfim... anunciar quadros interactivos e mais horas de escolas de portas abertas, deve ser mais importante do que dar às famílias Portuguesas a oportunidade de não trabalhar tanto e passar mais horas com os filhos. É que isto de dar a volta por cima, primeiro requer que se saiba onde é que é cima e onde é que é baixo, e uma coisa vos garanto... por este andar, só estamos a apontar cada vez mais para baixo. Repito... tudo muito lamentável!!!

Nota de Abertura

Após muito tempo de hesitação, decidi iniciar um blogue.
Se bem que não tenho qualquer perspectiva de reconhecimento público ao vir a criá-lo, estou esperançoso que o mero facto de exercitar de modo mais literário a língua que já foi de Camões, e que agora é de todos nós (que porcaria!!!), me traga satisfação pessoal quer pela actividade em sí, quer pelo simples motivo de que lêr-me me dá vontade de rir.
Este último aspecto é sem dúvida, revelador de uma personalidade distorcida e de um "EGO" desconstruído e a necessitar de "palmadinhas nas costas"! Por isso, caros amigos, não hesitem em "passar" por cá e comentar algumas das brilhantes patacoadas previstas para este espaço.
Algumas serão repositório de ideias surgidas em tempos passados e que irei compilar neste espaço. Outras serão, como diriam os eternamente e brilhantemente estúpidos, "something completely different!".
Grato em antecipação,
RCB
Maia, 06 de Agosto de 2008

Mudar de vida : 14/Fev/2008

Há uma música, senão uma infinidade delas sobre a mudança, e sobretudo sobre o mudar de vida. Mudar de vida pode implicar muita coisa, mas acima de tudo implica uma mudança de estado de espírito. Nem sempre se muda de vida por mudar de casa, de emprego, de mulher ou de namorada. Pode-se mudar tudo isso e a vida cai no mesmo. Para se mudar a música há que mudar de partitura, que é o mesmo que dizer que as notas que se usam têm que mudar de ordem, e já agora o ritmo também. Ou seja... temos que dar génese a uma coisa diferente com as mesmas variáveis, porquanto a creatividade é um requisito obrigatório. Vendo as coisas neste prisma, quem quer mudar de vida tem que ser creativo, o que pode significar que é possível mudar de vida sem mudar muita coisa a não ser o estado de espirito e a creatividade emocional. Tenho passado por uma experiência desse tipo. Sem mudar muito na minha vida mudei de estado de espírito simplesmente porque senti necessidade de o fazer. Agora sinto que mergulhei numa espiral de mudança que pode bem arrastar tudo atrás... e isso afigura-se-me como uma coisa boa!!!! Afinal a mudança é o motor da evlução e é isso que eu mais pretendo na vida, é evoluir e ser feliz com a minha evolução. Espero pois daqui a algum tempo estar a escrever outras linhas com outro registo e com uma circunstância envolvente de vida diferente da actual. Uma mudança esperada, desejada e urgente. Quem quer muda, e a quem muda Deus ajuda... dizem!!! Não que eu Lha peça, mas se Ele ma der é bem vinda. Antes agradeço a todos aqueles que por força da sua evolução e da sua maneira de ser me ajudam a criar este estado de espírito. A todos... Obrigado Na volta cá estaremos, para mudar tudo outra vez!!!!

Status Quo

Portugal está na mesma... mal!!! Eu estou na mesma... cheio de trabalho e mal pago!!! O meu futuro parece que está na mesma... adiado!!! O meu blogue está na mesma... sem comentários... sem novidades... sem interesse!!! A minha fuça está igual por isso o blogue fica... sem foto!!! A minha carteira está como ontem... sem dinheiro!!! Eu estou... sem tado!!! Ahahahaha... (estúpido!!!) :D

O QUE É PRECISO É PREGUIÇA



A propósito de tudo o que se tem dito sobre a crise económica em Portugal, ocorre com frequência "vir a baile" aquela expressão - "O que é preciso é trabalho!"


Não é que eu ache que o trabalho em si, seja uma coisa má. Muitas das vezes, eu até me divirto com o trabalho. Mas a realidade é que eu estou em crer que é preciso é exactamente o contrário.


Senão vejamos... Quando algum dia alguém levou com uma maçã na cabeça e começou a teorizar sobre certas leis do Universo, em primeiro lugar estava sentado, à sombra de uma árvore, a descansar, quando a quase totalidade da humanidade estaria a "trabalhar". Este homem, muito embora "não estivesse a fazer nada", contribuiu para mudar a face do mundo, e graças aos seus "devaneios" fomos capazes de pôr o Homem na Lua (Valha isso o que valer!!).


Também podemos agradecer a um outro que se distraía a olhar para panelas de água a ferver. Era um glutão e guloso, que para além de nunca ajudar a pôr a mesa, só pensava em enfiar-se na cozinha a ver o que é que lhe ia cair no prato à hora da refeição. Se não fosse este preguiçoso, provavelmente ainda andávamos todos a cavalo e a guiar charruas com uma parelha de bois na frente.


Se James Watt fosse um "Homem de Trabalho" como hoje tanto se apregoa que é preciso, a humanidade continuaria "escravizada" pelo trabalho manual.


Tarefas repetitivas e vazias de conteúdo intelectual seriam executadas diariamente por milhões de pessoas em todo o mundo.


Muita vezes me deparo com o símbolo científico do trabalho "W" (Watt), e fico a pensar quantos Watt's este preguiçoso não terá poupado ao ser humano.


Recordo-me de uma história, que me contaram quando eu era miúdo, de um operário de uma fábrica, cuja única função era manipular uma alavanca de um lado para outro cada vez que a máquina onde ele trabalhava executava um determinado movimento. Como tudo aquilo lhe parecia estúpido, o preguiçoso olhou para a máquina e atou umas correias de couro a uma outra peça que se movimentava automaticamente ao ritmo que era necessário e... "voilá!".


É lógico que foi despedido, uma vez que já não fazia falta, mas este episódio deu aos fabricantes de maquinaria industrial uma nova visão sobre a produtividade das sua máquinas.


E a palavra chave aqui é exactamente "produtividade". O que Portugal precisa é de produtividade, e isso não é sinónimo, nem muitas vezes compatível, com "muito trabalho". Aliás, eu estou convicto que a chave da produtividade é exactamente o contrário, "pouco trabalho".


As empresas deveriam ter gente que fosse paga para não "trabalhar", mas tão somente para "olhar" para os outros a trabalhar.


Quantos Watt's se poderiam poupar com exércitos de preguiçosos a melhorar a nossa forma de produzir.


O grande mal de Portugal é sermos "gente de trabalho", e não "gente do ócio".


Nunca temos tempo para parar, nem para pensar!!! Aliás, para nós, não estar parado é uma virtude e "estar a olhar" é um enorme defeito de personalidade, tomado mesmo como uma afronta.


O exemplo mais óbvio é que quando um "portuga" se sente observado começa logo com ares de desafio a perguntar -"O que é que estás a olhar?".


É deplorável!


Eu, tenho horror ao trabalho, e como tal, encaro com um óptmismo fervoroso todas as tarefas que tenham alguma coisa a ver com "trabalhar menos".


Confesso que a minha fixação em trabalhar menos é tanta, que chego a dispender mais horas a pensar como hei-de desenrolar uma tarefa em menos tempo, do que se deitasse "mãos à obra". Resta-me a consolação, que muitas vezes na minha vida essas tarefas se voltam a repetir, e aí... já estou a ganhar!


Estou no mundo do trabalho há mais de 15 anos, altura em que comecei a fazer os meus primeiros "trabalhitos", tais como apanhar fruta e outras coisas do género. Desde essa época que dou por mim constantemente a pensar como raio é que se podem fazer as mesmas coisas e gastar menos Watts.


Acho que é deste tipo de raciocínio que o nosso tecido produtivo necessita, para aumentar a produtividade, e não de aumentar a carga horária dos trabalhadores.


Se isto é preguiça e eu sou preguiçoso, então...




...O que é preciso é preguiça!!!