Não sei se vou...
Fui às eleições todas desde que tenho direito de voto.
Nunca votei nos partidos do governo.
Nunca partilhei das "estratégias" de centro direita...
Nunca comunguei com a visão "cavaquista" de desenvolvimento à base de rodovias.
Fui sempre defensor da ferrovia que sucessivos governos deixaram cair no abandono, e que agora vai custar o triplo a revitalizar.
Sempre defendi que melhorar as condições de vida e os salários mais baixos é, e sempre foi uma medida sã no que toca ao desenvolvimento económico e progresso de "todas" as classes (Perguntem ao Henry Ford o que ele pensava).
Sempre fui contra os subsídios para abate de frotas pesqueiras... Arranque de vinha... Subsídios para plantar girassol onde devia haver fruta, legumes e pecuária.
Sempre fui a favor da criação de entidades inspectoras da aplicação de fundos, e não das chamadas "agências de gestão de fundos", que nada mas são do que tentáculos da banca.
Fui contra o "Crédito Jovem Bonificado", que ajudou a banca a vender aos jovens, a juros altíssimos, aquilo que eles não podiam pagar, e que por sua vez foi construído com dinheiro que a banca emprestou a juros altíssimos aos promotores e especuladores imobiliários, e porque os jovens não podiam pagar... o Estado ajudava a cobrir a "usura", e entregava o dinheiro à banca... Onde é que foi parar a Construção Cooperativa... Quantas Cooperativas de habitação fecharam, não por não serem boas, mas por não conseguirem competir com a especulação?!?
Já vivi a "austeridade dos anos 70 e 80", a "paixão da educação", o "choque tecnológico", o "choque fiscal", reformas atrás de reformas... ideias de gente que pensa o estado e a nação entre o intervalo para café no hemiciclo e a ida à casa-de-banho para outras necessidades.
Enquanto povo, deixámos-nos enganar por uma classe política medíocre, que não mais é do que o reflexo da nossa própria mentalidade... -Ah!... Eu cá não gosto de política!! - dizem as vozes.
Eu digo... Sem política não há sociedade...
Querem mudança...???
Saibam aceitar o resultado do silêncio...
Apanhem na cabeça para pagar a factura da posterga a que se votaram...
Foi bom não foi?! Cartões de crédito... AUDI's e Mercedes a pontapé... PORSCHES CAYENNE...
A maior concentração de MASERATTI's da Europa em Famalicão (Que coisa linda!!!)...
Férias a crédito... Casamentos a crédito... Televisores XPTO...
Pague amanhã... P'ró ano... (mas por toda a vida).
Crédito ao telefone... Cheques oferecidos no correio...
O Sr. Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva, que dá agora lições de moral e respeitabilidade via Facebook, esse senhor, já assegurou para ele, além dos fantásticos lucros obtidos com as "clarividentes" operações com as acções do BPN, reforma como deputado, ministro, primeiro-ministro, e agora vai acumular ainda a de presidente da república com a de professor universitário. Não que eu seja contra o seu sucesso pessoal e político (Sou mas isso agora não interessa), o que realmente importa saber é quantos "cavacos" sustenta o povo português?
Porque é que nos falam em momento difícil, e não cortam os benefícios excessivos dos titulares e ex-titulares de cargos políticos?... Pergunta estúpida!
Porque são eles que decidem e não têm medo nenhum das consequências! Óbvio!
Meus amigos... o meu protesto está marcado, de novo e democraticamente, para daqui a 3 anos e alguns meses... Nessa altura, se forem às urnas, o meu voto vai estar lá... em protesto (e não em branco, nem nulo).
Daqui até lá vou comer e calar as consequências da inconsequência política do povo português!
Quando quiserem mudança... Vão lá.. sem medo... Vão às urnas e mostrem as estes senhores que já não acreditam neles, mas mais do que isso, mostrem que estão dispostos a dar o benefício da dúvida a outras pessoas.
Partidos há muitos... Não são dois nem três... Maiorias, essas ganham-se e constroem-se com trabalho e honestidade.. Não é vendendo essa cassete interminável do Sr. Cavaco sobre os "perigos da instabilidade política".
Acho que os "perigos da estabilidade a todo o custo" estão à vista!
Maior protesto seria os Portugueses comparecerem todos à porta do local de trabalho no Domingo... e reclamar que as portas estão fechadas!
Teria mais impacto... se bem que uma multidão iria ficar em casa por não ter direito a trabalho... mas podiam ir para a porta do centro de emprego!
Isso sim... seria a verdadeira ante-visão daquilo em que estas políticas de "rigor" , em conluio com a inércia europeia, estão a transformar a Lusitânia...
Daqui por uns tempos seremos a Chinitânia, ou a Portuguina, se preferirem!
Sem fins-de-semana, sem feriados, sem férias, sem salário, sem alma!
E já vos digo! Eu não preciso de Subsídio de Natal!
Nem eu, nem 10 milhões de Portugueses... O que nós precisamos é de salário que nos permita viver com dignidade! (Dividido por 12 ou por 14 meses... dá igual!)
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